SUPERCOMPUTADOR: O NOVO CÉREBRO DO SEU CARRO

SUPERCOMPUTADOR: O NOVO CÉREBRO DO SEU CARRO

Com alta capacidade de processamento, as supermáquinas serão capazes de controlar os sistemas autônomos dos automóveis com cada vez mais eficiência. E mais que isso: vão aprender sozinhos a lidar com as mais variadas situações no trânsito

Qual a capacidade de processamento desse carro? Quantos teraflops ele tem? Daqui a 15 anos, é muito provável que você faça estas e outras perguntas no momento de escolher um carro novo. Isso porque, em um futuro breve, o automóvel terá um novo cérebro: o supercomputador.

Com alta capacidade de processamento, os supercomputadores tornarão os sistemas autônomos dos carros cada vez mais eficientes. E serão capazes de aprender sozinhos a lidar com as mais variadas situações do trânsito. Muito mais rapidamente do que o cérebro humano.

Estima-se que, em 2025, a inteligência artificial finalmente atingirá o patamar dos filmes de ficção: robôs terão uma capacidade de processamento mais rápida que o cérebro humano. As previsões são de especialistas da Universidade da Singularidade, nos Estados Unidos, um dos principais pólos de estudo em inovação do Vale do Silício, na Califórnia.

Como qualquer outra máquina, o carro não ficará de fora dessa evolução. Com a ajuda de supercomputadores, os automóveis estarão cada vez mais aptos para lidar com dados de imprevisibilidade nas ruas - o que será essencial para que os carros autônomos sejam adotados e permitidos em diversas partes do mundo.

Gigantes da tecnologia, como a fabricante de placas de vídeo NVidia, já estão voltando seus esforços estratégicos para o segmento automotivo. No início deste ano, a NVidia lançou a placa feita exclusivamente para automóveis autônomos: a Drive PX 2, que usa 12 CPUs com o poder de processamento de 8 teraflops e capaz de realizar 24 trilhões de operações por segundo. Traduzindo: o equivalente a 150 unidades do MacBooks Pro, da Apple, juntos.

roborace

Inteligência artificial

A placa feita para automóveis trabalha em conjunto com um software e une dados captados de lasers, sensores ultrassônicos, radares e, além disso, pode trabalhar com até 12 câmeras espalhadas na parte exterior do veículo -  o que permite que os algoritmos do sistema sejam capazes de entender e tudo o que acontece em um ambiente 360 graus, incluindo elementos estáticos ou dinâmicos, como outros carros em movimento.

“Simultaneamente, essa placa também tem uma rede neural de aprendizado contínuo, que pode ajudar, por exemplo, na detecção e reconhecimento de objetos. Nós somos capazes de traquear e identificar diferentes tipos de veículos na cena, e classificá-los o que eles são com base no que treinamos o sistema a entender. Quanto mais informações damos ao sistema, mais inteligente ele fica, e sabe identificar o que é um pedestre, o que é uma bicicleta, por exemplo”, explicou Danny Shapiro, diretor da área automotiva na NVidia, durante a GTC (GPU Technology Conference), em San José.

Assista no vídeo abaixo o poder de aprendizado de um carro autônomo:

A grande vantagem do desenvolvimento de placas de vídeo focado nos automóveis é a unificação da plataforma. Antigamente, era comum vermos protótipos de carros autônomos com uma grande estrutura de sensores externos e o porta-malas lotados de CPUs. Hoje, além de ocupar muito menos espaço no porta-malas, a placa é capaz de rodar vários softwares simultâneos, o que permite a operação de várias funções ao mesmo tempo. “E dessa forma existe um controle maior sobre a segurança do sistema”, conclui Shapiro.

No ano que vem, a Volvo usará a nova placa em um teste real de carros autônomos em Gotemburgo, na Suécia. Além disso, a Drive PX 2 vai equipar os carros da Roborace, a intrigante corrida de carros autônomos que acontecerá durante as etapas da Fórmula E, a competição de Fórmula equipados com motores elétricos.

A Roborace terá 10 times, cada um com dois carros autônomos de corrida equipados com o supercomputador da NVidia. Esses dois Fórmula vão competir entre si durante uma hora, sem motoristas. O grande desafio das equipes será, portanto, desenvolver o melhor software para cruzar a linha de chegada. Será o futuro da Fórmula 1?

Fonte: Revista Auto Esporte
por: Carina0 Mazarotto (Bufalos), de San José, Califórnia (EUA)

Link Original: http://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2016/07/supercomputador-o-novo-cerebro-do-seu-carro.html

 

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